sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011 - 2ºcapítulo

 2011 foi também o ano em que, definitivamente, me instalei em Lisboa e na vida do João. Foi o ano em que senti, sem sombra de dúvidas, que aquela é a minha casa, a que escolhi para ser feliz, e aquela para onde tenho vontade de voltar. Sempre. Está cada vez mais bonita e mais confortável e é maravilhoso ver que, aos poucos, a nossa casa é o reflexo de nós próprios. No entanto, esta mudança trouxe também coisas menos boas e houve momentos de angústia e algum desânimo. O primeiro que disser que construir uma vida a dois não custa, não traz atritos e conflitos é um grande mentiroso ou, então, não sabe do que fala. Às vezes, eu puxo de um lado, ele puxa de outro, eu quero impôr a minha maneira e ele quer impôr a dele. Não nasci para viver uma vida aborrecida, muito menos no Amor, não quero nunca cair na banalidade, não quero nem devo contentar-me com pouco. Caramba, por que é que não posso ter tudo? Uma pacata vida a dois mas com toda a intensidade a que temos direito. Por que é que jugam que não é possível conjugar as duas coisas, a rotina inevitável e a paixão desenfreada, que nos acelera o coração e dá anos de vida? Eu quero tudo isto! Quero as brigas sobre questões domésticas mas quero beijos de saudade, quero momentos de silêncio ao jantar mas quero mensagens apaixonadas a meio da tarde, quero a tranquilidade de saber que ele está para chegar mas contar os minutos para ouvir a chave na porta. Sou uma romântica incurável e disso não abro mão. Uma coisa é certa: ele faz-me incrivelmente feliz, mais do que alguma vez pensei que fosse possível.

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